Tudo começou no século 18 na Ilha de Okinawa, ao sul do Japão. Naquela região o uso de armas estavam proibidas e para responder a possíveis saques, assaltos as pessoas começaram a buscar técnicas de autodefesa em que usavam somente o próprio corpo. Por isso, a impossibilidade de usar armas fez com que o Karatê surgisse com o significado de “mãos vazias”, por meio do trabalho de Gichin Funakoshi.
A arte marcial foi criada nos moldes que conhecemos até hoje pelo professor Gichin Funakoshi que era praticante de Okinawa-te (Como era conhecido o Karatê na época).
Funakoshi adicionou a prática do Karatê o código de honra dos samurais (Budo), tornando-a uma arte marcial e mudando o nome para Karatê.
Com uma ideia de ampliar a utilização do Karatê para a formação do caráter, Funakoshi lutou por uma arte marcial que modificasse de forma positiva o seu praticante, pois lutar sem armas usando corpo e mente, tornando o praticante muito forte. Gichin ainda insistia que “mãos vazias” poderia significar a aquele que entendesse o Karatê como filosofia de vida o sentido de esvaziar a mente, livrando-se do egoísmo e do apego desesperado pela matéria.
Além da parte filosófica que o Karatê carrega até hoje, Gichin Funakoshi ampliou seu conhecimento e dessa forma modernizou a arte de combate criada na Ilha de Okinawa e com as suas brilhantes demonstrações conseguiu levar o Karatê para fora da ilha e para o mundo. O grande ponto de partida se deu no ano de 1921, quando Funakoshi foi escolhido para fazer a primeira demonstração pública do Okinawa-te à capital japonesa. Dai em diante o Karatê tornou-se o que é hoje, a mais praticada arte marcial do mundo.
Gichin Funakoshi faleceu em 26 de abril de 1957, em Tóquio, mas deixou um legado reconhecido até hoje por todos os Karatecas que praticam o Karatê Shotokan no mundo. #Oss